DIAS 24
DATA:09/02/2018 A 05/03/2018
KM RODADO: 9564km
VEL. MAXIMA:195 km/h
CONSUMO DE COMBUSTIVEL:590l
PERFORMANCE DA MOTO
A preparação da moto tanto quanto do
piloto é muito importante. Normalmente, viagens deste tamanho, me preocupo em
fazer uma troca de óleo após rodar de 5
a 6 mil km, contudo desta vez, utilizei um produto no cárter chamado MILITEC-1,
um condicionador de metais, que realmente correspondeu as expectativas e parece
que funciona conforme a propaganda, o qual sugiro pesquisarem sobre o produto,
e segundo informações, a BMW está sugerindo este uso. Realmente, o motor da
moto funcionou como um relógio, e como diz na especificação /propaganda do
produto, realmente o consumo de combustível baixou na media de 14,8-15 km/l
para 16/16,3 km/l . Fora o barulho homogêneo do motor em toda viagem. Isto me
tranquilizou ao ponto de rodar os mais de 9500 km sem a troca do óleo
programada. Quanto aos pneus, saí com um METZELLER na frente e um fabuloso MICHELIN annake 3 na traseira, colocado em Comodoro
Rivadavia, quando voltava do Ushuaia, ano passado e rodado, mais uns 1000 km
até a partida, ou seja, saí de casa com
ele já rodado uns 5500 km e chegou com uma excelente aparência, que acredito
rodar muito mais ainda. Quanto a
velocidade máxima, infelizmente, fiz de tudo para que o GPS registrasse 200 km/h e não consegui. Queria
que alguém me ensinasse como dar potência numa GS ADVENTURE 2012. Olhem que
tentei por dezenas de dias por centenas de km.
PERFORMANCE DO PILOTO
Com 10 meses de preparo físico e
dieta, perdendo 7 kg, tudo funcionou bem
no organismo, com as vezes uma
alimentação por dia, mas sempre mantendo a disposição, somado ao preparado
psicológico , já que saberia passar dias e dias só , catando, sorrindo,
chorando, gritando, dentro do capacete. Os acessórios opcionais de segurança e
registro, também foram importantes no preparo, incluindo dispositivo de
rastreamento, chamado SPOT que não funcionou muito bem conforme o esperado, mas
não fez falta, seguros etc.
POR ONDE PASSEI
Com destino inicial ao ATACAMA, mas
sem esquecer que por todos os lugares por onde passei foram importantes e
igualmente interessantes, sempre acontecendo coisas diferentes a cada dia.
Saindo dia 9/2/18 de Barbacena , com
um tempo um tanto quanto nublado, com destino à Ourinhos-SP, a chuva não veio e
foi mais tranquila que o esperado, já
que seria o primeiro dia e o stress
estaria a toda, no dia 10 segui para Ciudade del leste, já no Paraguai, onde então consideraria o
inicio da viagem em terras internacionais, num dos piores dias de viagem com
muita chuva, estragando completamente uma bota, aliás se desmanchando na chuva
e de quebra, perdi meu celular logo no começo, mas digo que não fez falta.. Hospedei-me
em um hotel melhor do lado Paraguaio, que curti uma beira de piscina , tomando
uns drinks , na parte da tarde e a noite comi um belo jantar , regado a vinho,
a moda Argentina( no Paraguai), dia seguinte, acompanhado de um belíssimo
amanhecer já entrei no lado Argentino indo para Resistência, onde no caminho
conheci pessoas interessantes, desinteressantes, e uma bela estrada, onde os
motoristas, não sei porque respeitavam as leis de trânsito. Nesta etapa ,
aluguei um apartamento que a principio me senti um pouco prisioneiro, pois era
um bairro distante sem nada por perto, ou seja , meu almoço foram duas barras
de cereais e um pouco de agua que tinha no camel-back, contudo o proprietário,
como teria que receber me buscou a noite e me deixou num belíssimo restaurante,
que valeu a pena. A primeira cidade simpática que ainda não conhecia . Já
internacionalizado dia seguinte, foi a Etapa Resistência a Salta, uma tocada feroz, mas tranquila, exceto
o stress de pouca opções de postos e
comida, como iria acontecer por vários dias a seguir. Salta, seria a véspera da chegada no ATACAMA
e pela ansiedade de chegar, falhei na minha programação, pois Salta é uma
cidade para ficar no mínimo dois dias para fazer os tour da cidade, que
compensa, e lá só fiquei uma tarde. Tocando o Barco Segui para SÃO Pedro do
Atacama, onde a paisagem as montanhas, as curvas, próximas a Jujuy, o salar e a
subida até 4800m que me emocionei de estar naquele lugar, sem saber o que ainda
iria ver. Eu estava no deserto!. Mais
um erro de programação , pensando nos diversos dias que teria pela frente fique
só um dia e meio de folga, que deu para conhecer toda a cidade, tomar muita
cerveja e fazer apenas um passeio. Fui no vale do Arco íris mas ficou para traz, o Geiser, vale da lua, e
muitos outros. Aconselho a quem vier aqui, ficar no mínimo 3 dias. Fruto da minha programação equivocada, tinha
reservado dois dias na cidade de Copiapó, que era realmente o caminho, que
deveria passar , inclusive no meio do caminho teria a escultura da “mão do
deserto” que tirei fotos e tal mas, que por pesquisas equivocadas achei ter
coisas interessantes para fazer, e lá fui com dois dias de reservas em uma
espelunca, que por minha sorte ninguém me atendeu , onde então fui para , acho
que o melhor hotel da cidade e refiz toda minha programação de viagem até
chegar em Mendoza, pelas reservas normais, nesta mudança só dormi uma noite em
copiapó, e segui com reservas para dois dias em Valparaiso. Aí sim, comecei a
acertar a programação, belíssima cidade,
antiga e histórica com suas ladeiras, e um elevador que te leva ao museu da
MARINHA , onde senti uma emoção
inimaginável , quando me deparei com a capsula que resgatou os 33 mineiros da
mina de San José. Nela pude entrar e
sentir o que eles passaram. Em Valparaiso,
me hospedei num hotel , que era uma casa centenária toda decorada, do século
passado, parecia uma casa mal assombrada, mas espetacular. A vista era toda
para o oceano pacifico, que te convidava a tomar vinho o dia todo. Passeio
turístico em Viña Del Mar ficou até prejudicado com toda beleza cultural de
Valparaiso, o qual recomendaria a todos que passem por lá. Saindo de Valparaiso
já no dia 19, com um pouco de pesar de ser tão bem trado pela Srtas. Doris e
sua irmã donas do THE GRAN HOUSE HOTEL , segui pela esplendorosa cordilheira
dos Andes, passando pelos caracoles e tudo, sem pressa de chegar só apreciando
as montanhas, bem na verdade não tinha gelo
nos topos mas deixa de ser lindo. A passagem pela ADUANA demorou um pouco, mas não tanto para que estaria
entrando no Chile, que aí sim, kms de engarrafamento para estes que ali
chegavam. Mendoza como sempre uma cidade muito convidativa onde fique um dia e meio de folga e um
passeio de ônibus de turismo é recomendado, pois podes parar onde quiseres e tomar o próximo quando passar
que é de hora em hora.
Um bom vinho pode te acompanhar nesta
cidade. As viagens mais tranquilas ,
após o ATACAMA com trechos menores ( até 500 km) te permite aproveitar as tarde para fazer o que bem entender,
inclusive conhecer as cidades por onde passa. Na manhã do dia 21 segui pela
ruta 7 , saindo um pouco , entrando na 8 , com destino a cidade de Rio Cuarto,
muito bonitinha , limpa e não tão pequena, cujo deslocamento foi de apenas 470
km cuja media de velocidade foi alta pelas longa retas , fazendo o trecho em
menos de 4 horas, tendo tempo de passear pelas praças e igrejas e claro, tomar
um vinho e comer uma bela carne argentina. Dia seguinte , dia 22 o destino foi
Buenos Aires, aproximadamente uns 600 km de distância, e lá fiquei por dois
dias, aguardando minha esposa, onde pegaríamos o BUQUEBUS parra disfrutarmos 5
dias de férias juntos, que no dia 1/3 tomei o rumo de Punta del Leste, como
ponto de passagem, mas não poderia deixar de passar no CONRAD para deixar uns
trocados por lá. Perdido os previstos “ trocos”, acordei bem cedo, pois teria
novamente duas grande tocadas até Porto Alegre e depois até Curitiba, mais ou
menos uns 750 km por dia. Lá em Curitiba , fiquei por dois dias visitando uma sobrinha e , na madrugada do dia 5, segui para Barbacena numa tocadas
de uns 930 km, fechando todo o ciclo esperando a próxima inspiração, que poderá ser um contorno do
litoral do Brasil, o Rota 66 ou até mesmo uma ida ao ALASKA.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos milhares que
curtiu meu blog, minha família, meus amigos, que oraram e se preocuparam comigo
nesta aventura, que sinceramente, espero não ser a ultima. Pensei muito em tudo
que passou comigo nestes 24 dias e refleti.......
“O IDIOMA MUDA, O SOL
MUDA DE POSIÇÃO, A PAISAGEM MUDA, O OCEANO MUDA DE NOME, MAS VOCÊ SEMPRE
CONTINUARÁ SENDO A MESMA PESSOA QUE SEMPRE FOI...”
Assistam o filme de 32 min.
com todo o resumo visual da viagem no youtube no link a baixo.
https://youtu.be/UpVyt6lWKcs
https://youtu.be/UpVyt6lWKcs