COVID-19 ..... PARA
ONDE VAMOS?
Motociclistas, brasileiros,
brasileiras e população mundial, não menosprezemos este vírus, ele é rápido e
traiçoeiro.
No final de fevereiro de 2020,
sai de Barbacena MG, iniciando uma aventura solo, em direção ao Peru, passando
pela Bolívia, Chile, Argentina. Naquele dia, eu ouvia pelo noticiário, noticia
de uma “gripinha” que viria por aí. Saí com pouca preocupação, e como a
adrenalina de minha aventura estaria falando mais alto, nem dei tanta
importância. Passei pelo carnaval em corumbá, e já no dia seguinte comecei a
ter algumas interferências que não seriam normais. Na fronteira com a Bolívia,
fui pego por um controle já diferente. Uma dezena de estagiários me fizeram responder
uma serie de perguntas, sobre minhas condições, que hoje percebo, não valia de
nada. Mas segui minha viagem sem nenhumas preocupações maiores, com alguma restrição,
alguns comentários etc. Quando cruzei a fronteira entre a Bolívia e Peru ainda
estava tudo bem. Cheguei num paraíso, no lago Titicaca, na cidade de Puno, na
comunidade dos meus amigos da ilha de UROS, ainda estava muito “tranquilo”. Eu
tinha um motorista” taxi” a minha disposição, quando eu saísse da ilha para
cidade. Em um dos papos, com um Portunhol razoável, comentamos pela covid onde
ele me disse (e eu não estava nem aí) que no Brasil haveria 1( um ) caso
suspeito. E eu disse: “nada.... isto é a imprensa exagerada” e lá não tinha
nenhuma SUSPEITA. Daí, segui para Cusco, lá com minha esposa, nenhuma restrição
houve. Só notei que a cidade turística deveria ter mais movimento. Fomos a
Machu pichu e sem ninguém se referir a pandemia. isto já estaríamos no começo
de março de 2020. Seguindo minha viagem
já em direção ao Chile, comecei a perceber mudanças, mas minha adrenalina, continuava
me traindo. No Atacama, como era a segunda vez que fui, notei bem esvaziada.
Nos tour que fazia , muito uso de álcool
em gel ... mas não estava entendendo... Saindo da maravilha do Atacama, pelos
desertos dos Andes, e temperaturas menores que 7° C abaixo de zero, cheguei na
fronteira da Argentina, onde fizeram
simplesmente uma medida de temperatura, inclusive de um casal amigo, de alemães
que estariam viajando a 90 dias no seu
moto home , mas sem maiores problemas. Dai, para frente eu deveria ter
diminuído a minha ansiedade da aventureiro e percebido o que viria. Chegando em
Salta “tudo bem”, mas algo diferente estava acontecendo, ninguém me orientava nada,
mas o jantar do hotel já não abria. Não tinha percebido que meus “EX- HERMANOS”
já teriam informações. Passeando pela bela cidade de Salta, visitei um cassino,
onde entravam só 5 de cada vez. Mas eu não entendi, e ninguém dizia por que....
No dia seguinte fui a Cafayate, belíssima cidade, e melhor visual da
cordilheira dos Andes que conheci e diga-se de passagem, “de cabo a rabo”. Onde
comecei a perceber algo mais grave, mas estava a milhares de km de casa e não
podia me estressar. Em Cafayate, algumas vinícolas estavam fechadas e consegui
entrar em uma delas. Muito curioso que, vinho produzido naquela altura e sem
água. Tem que ser artista. Voltando ainda na minha inocência. parti na madruga
seguinte já no 16 de março de 2020 em direção ao Brasil, começou todo o
tormento , mais ou menos ao meio dia, fui barrado na fronteira da província de
Santiago delestro , e daí para frente
conheci os “EX-HERMANOS” (não sei de quem...) me empurrando em cada parada que
fazia , me fazendo pilotar por 27 hs
ininterrompidas até chegar ao Brasil . Então, hoje não tiraria a razão de tanto
rigor nas fronteiras se não fossem o número de contaminados. No Peru,
lembram-se quando disse que o taxista não sabia de nenhum caso.... mortos eram
depositados nas ruas.... NÃO MENOSPREZEM ESTE VIRUS. Sem vacina evitem
aglomerar, sair de moto, ir as festas. Sei que é difícil. Eu vou as vezes, mas
minha consciência me faze ficar em casa por uns 10 dias . mas tudo deve passar
e ficará a história para contar
BOA SORTE E SAÚDE A TODOS!