quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

BARBACENA - MACHUPICHU-ATACAMA- ETAPA 2- (BOLIVIA)





DIAS:23 a 25/02/2020
PERCURSOS:Santa Cruz de La Sierra- La paz Bolivia
KM RODADOS:1510 km




No primeiro dia do curto trecho Boliviano, acordei dia 24/2 com a expectativa de passar por algum perrengue por estar entrando na Bolivia, com tantas recomendações que me deram.  E passei mesmo. Depois de ter dormido muito pouco, pelo barulho da noite de carnaval em Corumbá , logo no início da viagem, 20 km de distância,  na fronteira, peguei uma fila enorme de imigração e um calor insuportável dentro dos meus 10 kg de equipamento, e achando que iria ser fácil, ainda teria que fazer uma tal declaração jurada de propriedade da minha moto, na Aduana Boliviana. Isto como muitas idas e vindas, tirando fotocópias, pagando taxas e espera de horas numa bitaca , a tal que juramenta, tipo um cartório no Brasil, e a calma do Boliviano é impressionante ” irritante”, depois de muitos erros, busca de números que eu nem sabia onde tirar, me liberaram, mas aí se foram 3 horas. A mensagem que fica é: saindo de Corumbá  para Bolívia tenha paciência , porque a tal declaração jurada é importantíssima e sem ela pode ficar sem a moto numa fiscalização, pois o pais  recebe muitos veículos roubados do Brasil. Mas o perrengue continua, depois que sai, acelerando bastante para tirar a diferença do atraso e tomando um ar fresco, na perigosa estrada cheia de animais atravessando  onde, num determinado momento que fui mexer no suporte do celular que me acompanha com o waze , ele se desprendeu da moto e voou longe, lá se foram mais uns 20 minutos procurando a bolsa na estrada, e olhe que foi a segunda vez que isto acontece  e desta vez tive mais sorte que achei a bolsa, só que o celular ..... virou mil e o suporte estragou . Mas tinha que continuar a viagem assim mesmo para cumprir os 670 km do dia sem foto e filmes, só com o gps ligado. Sabia que tudo poderia acontecer neste dia, mas estava indo até bem. Faltando uns 75 km de Santa Cruz, num lugar chamado Cotoca, uma barreira policial. O que já estava esperando e não tinha acontecido. O policial mandou que descesse da moto e me fazendo aquelas perguntas básicas, e com firmeza e rapidez os respondi, quando um deles deu um sinal para o outro para deixar-me ir antes de tirar as luvas para entregar-lhe os documentos. Ali iria ter..... Mas no final tudo deu certo me hospedei num fantástico hotel LA QUINTA e conversando com o recepcionista, pedindo o endereço de uma loja  para compra um novo telefone( prejuízo) foi quando me disse que sua irmã estaria vendendo um modelo mais antigo, mas  ainda superior  ao que eu usava, e deu certo. Já estou de telefone novo, para atuar no caminho, e vamos para etapa Boliviana final e pesada, que será subir a La Paz a 840 km. Como disse foi pesada, mas quem gosta de aventura e de off-road como eu, foi divertido. Vou resumir o trecho pois não há muita coisa a falar da Bolívia e se eu disser aqui o que penso, posso ter problemas. Pois Bem saindo de Santa Cruz de La Sierra, bem animado, tomei um comprimidinho que diziam resolver o problema da altitude e tal... e comecei a subir e subir e subir. Estradas sinuosas que não dava para passar de 5ª marcha e 60 km /h. Durante os primeiros 300 km muitos desmoronamentos e caminhões também. Depois passei por trechos com desvios de ripio, muito ripio,( aí eu gostei) lamaçal, partes treitas com muita agua e ribanceira, e mais caminhões, que me obrigava o tempo todo a fazer ultrapassagens perigosas, depois continua, subindo, vem frio, vem nuvem( estava acima) depois vem calor e mais subida. Depois de muito cansaço quando tentar achar um posto em Cochabamba que aceite cartão, não achará! Um detalhe importante para que ler até aqui, seria sugestão que daria para quem quiser chegar ao Peru, saindo de Santa Cruz, escolham outra data diferente do carnaval, pois os nativos brincam de jogar agua, agua de banheiro e bexigas de agua. Muito sem graça. Pois é, em Santa Cruz, no centro, tomei uma “ bexigada” , balancei a cabeça negativamente, e cheguei encharcado no hotel, e isto continua na estrada, os indinhos jogam também. Tomei uma no peito que está doendo até hoje. “que indinhos bom de mira”, mas o final foi feliz, depois de pilotar 16 hs seguidas para atravessar as cordilheiras, e comendo 3 barrinhas de cereais. Só percebi que estava alto quando , já a noite um policial de pedágio, perguntou se eu estaria bem. A moto andava sozinha e eu quase caindo. Era vertigem, nada que um chá de coca não resolvesse.

Até O Peru, e adeus Bolívia!

domingo, 23 de fevereiro de 2020

BARBACENA-MACHUPICHU-ATACAMA-ETAPA 1- IDA- (BRASIL)






DIAS: 21 a 23/02/2020
PERCURSO:Barbacena - Corumbá
KM RODADOS: 1720 km

                                                       TRAJETO PROGRAMADO


                                                             TRAJETO EXECUTADO



Saída de Barbacena

em direção ao Peru tranquila, na manhã do dia 21/2 com o tempo um pouco nublado e promessas de muita chuva ao longo do dia, o que não aconteceu, houve sim algumas pancadinhas mas não precisou usar o equipamento de chuva, estes dias de Brasil chamo de deslocamento para ajustes de equipamentos , filmagens , etc, para que não perca nenhuma cena legal para ser registrado, no primeiro dia no deslocamento de Barbacena à Ribeirão Preto, aproximadamente 530 km, tive um pequeno perrengue quando cheguei em Ribeirão, pois a “moçinha” teve um mal estar , toda vez que parava num sinal ou diminuía a marcha, ela morria. Deve ter sido gasolina ruim que ele bebeu neste carnaval, mas já passou.

No segundo dia deste deslocamento no Brasil, saí de Ribeirão Preto no dia 22 cedo , depois de ter tomado dos o chopp do Pinguim na noite anterior,   para este Blog. Uma dica que dou a todos , principalmente os que andam sozinhos, use sempre o Waze e o GPS e deixem eles brigarem entre si, pois meu gps não se entendia com o waze e principalmente as coordenadas dos hotéis que não batem mesmo. Portanto o uso dos dois dispositivos é aconselhável.

já sabendo que iria rodar em torno de 8oo km no dia em direção à Campo Grande, Acordei bem disposto, e ainda não me entendi com a câmera e não consegui desligar e ligar a câmera andando e desta forma ainda não filmei nada.e Perdi imagens incríveis, como o do belo Rio tietê, quase na divisa com MS e a barragem de 3 lagoas, mas deixe estar que deveremos otimizar as filmagens . O perrengue do dia foi quando o painel da moto informava que poderia andar mais 120 km, andei mais um pouco, pois não estava com muita vontade de parar, daí uns 20 km , entrei num posto meio sujo, sem bandeira, horrível, quando um senhor me disse.” Oi! Não tem gasolina”, então perguntei: qual o posto mais próximo, ? e ele disse : ou você volta 20 km ou só daqui 100 km, foi onde decidi, olhando o painel( range 100 km) , toquei em frente, era uma reta só e eu do automático a 100 km/h para economizar. Cheguei lá no cheiro. Com isto andei 6 hs na moto sem parar. Uns 550 km e cheguei cedo em Campo grande, para lavar a roupa de baixo que já estava impossível, e tomar uma cervejinha, para no dia seguinte fazer a ultima perna do Brasil, até Corumbá

Etapa final no território brasileiro sem maiores problemas entre Campo Grande e Corumbá, onde finalmente fiz as pazes com a câmera como podem ver no vídeo publicado.


 Vamos ver se acerto agora o tempo de carga da bateria da câmera. Um alerta gostaria de dar sobre postos de gasolina, pois atravessando todo o pantanal só apareceu um posto a 75 km de Corumbá. Motos com baixa autonomia deve se precaver para atravessar este trecho. Amanhã dia 24/2/2020 saio do pais em logo pela manhã, entrando na Bolívia cheio de recomendações sobre a corrupção.  Vamos ver!



Aguardem a próxima publicação, com fotos e vídeos da etapa Boliviana!